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Tudo o que você precisa saber sobre a Lei Geral de Proteção de Dados!

Se você trabalha com Marketing Digital ou possui um negócio, certamente entende que é impossível realizar estratégias na internet sem lidar com dados. As informações coletadas através das ações de Marketing são feitas através de formulários, pop ups, entre outros.

Ao abrir um e-mail, acessar um site ou até mesmo baixar um E-book, dados são coletados para que a experiência do usuário seja personalizada cada vez mais e para que as empresas possam oferecer um conteúdo de maior relevância de acordo com o usuário.

Neste momento, estamos lidando com uma nova realidade relacionada ao uso desses dados, a qual requer muita atenção dos setores de Marketing Digital. A Lei Geral de Proteção de Dados já entrou em vigor e por isso, você precisa estar atento aos termos!

O que muda a partir de agora com a LGPD?

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A LGPD foi sancionada em agosto de 2018 e entrou em vigor recentemente, em setembro de 2020 e as multas serão aplicadas a partir de 2021. A Lei Geral de Proteção de Dados determina diversas obrigações para os empreendedores sobre: coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados.

Essa lei serve tanto para o online, quanto para o offline. Ela sofreu forte influência do GDPR (General Data Protection Regulation), lei de proteção de dados que regulamenta a questão para a União Europeia. Com isso, o Brasil entrou para o rol de 120 países que possuem leis específicas sobre a proteção de dados pessoais.

A partir de agora, a LGPD estabeleceu um controle sobre o uso adequado dos dados, fazendo com que empresas que utilizam inscrições de usuários em suas ações de Marketing  adequem-se a uma nova forma de colher dados dos usuários brasileiros.

Quais são os princípios da LGPD?

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Atenção, com a LGPD em vigor, os empreendedores que utilizarem dados pessoais sem estarem de acordo com a lei estarão colhendo dados de forma ilegal. Para você não passar por isso, fique por dentro das 3 principais bases legais previstas na LGPD. Confira já!

Consentimento

Segundo a base legal do consentimento, os usuários precisam estar de acordo com o uso dos seus dados de forma clara. Por exemplo, o checkbox nos formulários pedindo autorização para o envio de informações.

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Legítimo Interesse

Apesar de ser a base legal mais flexível da LGPD, o legítimo interesse pode não ser tão simples quanto a sua aplicação. Ele permite que o empreendedor utilize os dados dos usuários sem a necessidade do consentimento. Para isso, é necessário que: 

  • o consentimento do usuário possa ser considerado desnecessário;
  • haja um impacto mínimo ou uma justificativa convincente para tal ação;
  • o consentimento do usuário seja muito difícil de ser obtido. 


Ainda não compreendeu por completo? A gente exemplifica para ficar mais claro.

Exemplo: se a sua empresa executa interações recorrentes com um lead X, o mesmo abre todos os e-mails, acessa regularmente os seus conteúdos, é possível presumir que as duas partes saem beneficiadas a partir dessa relação.

Sendo assim, há uma legalidade para executar o legítimo interesse, uma vez que já existe uma relação pré-estabelecida com o lead.

Contrato

Na base legal dos contratos, existem duas possibilidades para que os dados de um usuário possam ser processados. Primeiramente, quando há uma obrigação prevista em contrato a ser cumprida. Já no segundo caso, para validar ou iniciar a vigência de um acordo.

Como a Lei Geral de Proteção de Dados afeta o meu negócio?

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Se você possui um site do seu negócio na internet, o primeiro passo é torná-lo compatível com a LGPD. Para isso, é necessário que haja um consentimento do consumidor sobre a coleta de dados pessoais feita por sua empresa.

Vale ressaltar que o consentimento deve ser adquirido de maneira clara e inequívoca!

Dica extra: utilizar o Google Analytics ou qualquer outro programa de análise torna a sua empresa responsável pelos dados pessoais colhidos e automaticamente,  de acordo com  a legalidade da LGPD.

Evite dor de cabeça: confira 3 estratégias de Marketing Digital que você não deve fazer a partir de agora!

1) Comprar uma lista de leads

A prática de compra de leads já não é vista com bons olhos pelo Marketing Digital há tempos, a LGPD chegou para reforçar a ilegalidade do ato. Toda empresa busca acelerar suas vendas através de novas estratégias, porém, existe um limite ético para isso.

2) Enviar e-mail para o usuário sem base legal

Para evitar dor de cabeça e até mesmo no bolso, antes de realizar qualquer comunicação com os seus leads, certifique-se de que o seu negócio está dentro das conformidades legais previstas na Lei Geral de Proteção de Dados. Nada de enviar e-mails sem base legal válida.

3) Compartilhar dados de leads sem autorização

Parece óbvio, mas sempre é bom reforçar, se um lead é convertido através de uma landing page, jamais repasse os dados pessoais do usuário para empresas terceiras sem o consentimento do mesmo. Até mesmo se for uma empresa parceira. Haja com transparência.

3 maneiras de adequar o seu site à LGPD! 

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1) Páginas de Contato

Sabe a aba específica de contato do seu site? Lá você recolhe dados específicos dos usuários que desejam entrar em contato com a sua empresa. Nesta aba, esclareça aos usuários os direitos que possuem para acessar ou até mesmo desabilitar a utilização de tais informações.

2) Formulários de inscrição em landing pages e newsletters

Deixe bem claro o objetivo do formulário e mais, é preciso que o usuário consinta o recebimento de maneira livre e clara para que as comunicações das ações de Marketing Digital sejam realizadas de acordo com a legalidade da LGPD.

3) Política de Privacidade do seu site

Atualize as políticas de privacidade do seu site de acordo com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados. Para isso, você deve informar ao usuário quais métodos serão aplicados para a realização da coleta de dados, quais serão as informações colhidas e consequentemente, quais os objetivos esperados para tais ações.

Curtiu? Confira também como criar um e-mail marketing! 

Pesquisadora da cultura midiática contemporânea e seus fenômenos. Luiza Melo é gradua no curso de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense. Atua na área de Produção de Conteúdo e Social Media há seis anos. Trabalhou no gerenciamento de mídias sociais de empresas na área educacional pública, comércio varejista, influenciadores digitais e coordenou lançamentos de produtos digitais.

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